Segunda chance

Um empresário chegou em casa e muito cansado, se acomodou no sofá da sala…

Alguns minutos depois, se deu conta que ninguém estava em casa. Nem a Esposa e nem suas lindas duas filhas. Carmem de 17 anos e Regina de 15 anos. Foi até a cozinha e não encontrou Dona Maria, a empregada de longa data.

Esbravejando em razão da ausência de todos, teve que preparar seu próprio jantar, na verdade, ele pensou em fazer isso, mas seu cansaço o desanimou e então, foi logo tomar seu banho.

Enquanto tomava sua deliciosa ducha, tentava sem sucesso, se desligar dos assuntos de sua Empresa, aliás, sua grande e bem sucedida Empresa.

Após o banho, foi até a cozinha e se serviu de um suco e retornou pra sala, quando começou a sentir uma pontada no peito e a cada passo que dava, a dor aumentava e aterrorizado, percebeu que estava tendo um enfarto.

Tentou se aproximar do telefone para pedir ajuda, mas caiu ao chão. Diante daquela dor insuportável, e ninguém por perto para ajudar, sentiu que a morte era inevitável e enquanto a dor batia forte no peito, notou que uma luz ao longe se aproximava… e enquanto mais a luz se aproximava dele, percebeu que a dor ia diminuindo gradativamente.

A luz era intensa e apesar do medo que o apavorava, pensou em sua mulher e em suas filhas, e chorou… Imóvel. Calado e deitado ao chão, não sentia mais dor…

A Luz estava por toda parte e não se atreveu a se mexer e por ali ficou… esperando a morte chegar…
– Enfarto? Morri de enfarto! Seus pensamentos estavam descontrolados e assim, as imaginações afloravam as ideias. Porém, de uma coisa tinha certeza: Eu não queria ter morrido! Pensou ele!

Lágrimas rolaram de seus olhos e naquele momento de reflexão, viu que apesar de tanta riqueza que tinha, ficou indefeso diante de uma simples dor no peito.
– Aqui estou, inerte esperando a morte chegar. E que me adianta toda a minha fortuna? Não posso me mover… Tenho o poder de mandar em muitos homens e mulheres, mas não posso mandar que essa dor se afaste de mim…

Começou a pensar nas coisas que poderia ter feito e não o fez.
Nas alegrias que poderia ter proporcionado e não o fez.
Nos passeios que poderia ter feito e não o fez.
Nas férias que poderia ter tirado e não o fez.
– O que me adiantou ter casas, apartamentos, carros, fazenda e uma vida de completo luxo?!

Então, lentamente, o brilho daquela luz fui diminuindo… e nervoso, começou a gritar…
– Não, não… eu não quero morrer! Minhas filhas… minha esposa… Por favor não… em fim, a luz se apaga!

O Silêncio e a Escuridão se fizeram presente… De repente…
– Pai… Pai… Acorde!… O Senhor está dormindo no sofá? Pegou no sono Pai?
– Ahhh … estou vivo? Meu Deus! Minhas Filhas queridas… Minha esposa querida… Vocês estão aqui? Então foi tudo um sonho?

Depois de algum preciosos segundos, aliviado, o Empresário sentou-se no sofá, olhou para suas filhas e sua mulher que estavam assustadas, embora chorando, sorriu e disse!

– Obrigado meu Deus!

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