Não é a dor que quero entender (essa dói e pronto),
mas esse mistério de duas almas
que não se tocam no físico
e têm quase uma unidade na imortalidade.
Mas é isso que quero!
Você me ama?
Você quer construir uma vida comigo?
Tem desejo e sabor?
Eu sinto que você me quer, precisa de mim,
mas será que eu estarei
ao nível de suas expectativas?
Eu queria uma certeza,
quantas vezes vislumbrei o que seria o derradeiro
e nem início era.
Quantas vezes esperei contar
e só senti se afastarem e eu ficar no chão…
Eu quero a certeza do absoluto.
A afirmação positiva.
Não quero os sonhos dos loucos,
nem a vontade dos sem-alma.
Eu quero a certeza da vida.
A afirmação do amor.
Não apenas um amor carnal e dirigido,
mas do sentimento verdadeiro
que se entranha na alma
e que não existam mágoas, que não dissolva.
Quero ter a certeza premonitória
que posso mergulhar, que não encontrarei uma pedra.
Quero a certeza da luz
que não se machuca nos espinhos,
penetra as sombras, não se inibe no mar…
Ou a certeza ou nada!
Duas almas que constroem uma estrada juntos,
não sabem como esse trajeto será,
mas apenas têm uma certeza quase sobre-humana
que têm que construir juntas.
São vidas independentes, mas harmônicas.
São autônomas, mas responsáveis.
Consistentes no que sentem
e têm a certeza do que realmente sentem.
Não é um “eu acho”, “pode ser”, “quem sabe”,
vamos tentar”, “se der certo”…
É a certeza que só o verdadeiro amor tem.
Que não tem fronteiras, nem modos,
um amor que não espreita, não sucumbe,
nem apenas existe para satisfazer
nossos pequenos egoísmos.