Um coração partido

– Ei, mamãe, o que você está fazendo? Perguntou Susie.
– Estou fazendo um pudim para a nossa vizinha, a Sra. Smith. Respondeu sua mãe.

– Por que? Voltou a perguntar Susie, que tinha apenas seis anos.
– Porque a Sra. Smith está muito triste. ela perdeu a sua filha e está com o coração partido. Nós precisamos cuidar dela um pouco.

– Por que, Mamãe?
– Veja Susie, quando alguém está muito, muito triste, não consegue fazer pequenas coisas como preparar o jantar ou outros afazeres. Como somos parte de uma comunidade e a Sra. Smith é nossa vizinha, nós precisamos fazer algumas coisas para lhe ajudar. A Sra. Smith não poderá mais falar com sua filha ou abraçá-la ou fazer todas aquelas coisas maravilhosas que as mães e as filhas fazem juntas. Você é uma menina muito esperta, Susie. talvez pense em alguma maneira de ajudar à cuidar da Sra. Smith.

Susie pensou seriamente sobre este desafio e em como poderia fazer sua parte para cuidar da Sra. Smith. Poucos minutos depois, Susie bateu em sua porta. Depois de alguns instantes, a Sra. Smith atendeu às batidas com um
– Olá, Susie.

Susie observou que a Sra. Smith não tinha aquela voz que ela conhecia e nem aquele jeito quase musical quando cumprimentava alguém.

A Sra. Smith parecia, também, ter chorado porque seus olhos estavam molhados e inchados.
– O que posso fazer por você, Susie? Perguntou a Sra. Smith.
– Minha mãe disse que você perdeu sua filha e está muito, muito triste com o coração partido.

Susie timidamente esticou sua mão. Nela estava um Band-Aid.
– Isto é para o seu coração partido.

A Sra. Smith engasgou, prendendo as lágrimas. Ajoelhou-se e abraçou Susie. Entre lágrimas disse,
– Obrigado, querida, isto ajudará muito.

A Sra. Smith aceitou o ato de bondade de Susie e deu um passo a mais. Ela comprou um pequeno chaveiro com um pequeno porta retratos – desses chaveiros projetados para carregar chaves e, ao mesmo tempo, exibir orgulhosamente um retrato de alguém querido.

A Sra. Smith colocou o Band-Aid de Susie no porta retratos para lembrar de se curar a cada vez que o visse. Ela sabia que a cura exigiria tempo e apoio. Aquele chaveiro transformou-se em seu símbolo de cura, ao não se esquecer da alegria e do amor que experimentou com sua filha.

Um simples gesto de bondade, feito com sinceridade, pode ajudar muito à quem precisa de algum carinho e atenção. Não deixe de fazer sua parte… Mesmo que seja oferecendo um Band-Aid.

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