Pergunta-me

Se um dia eu estiver “cheio da vida”, com vontade de sumir, de morrer, insatisfeito comigo e com o mundo em torno de mim.

Pergunta-me, se eu quero trocar a luz pelas trevas.
Pergunta-me, se eu quero trocar a mesa posta, pelos restos que tantos vem buscar no lixo.
Pergunta-me, se eu quero trocar meus pés por uma cadeira de rodas.
Pergunta-me, se eu quero trocar minha voz, pelos gestos.

Pergunta-me se eu quero trocar o mundo dos sons pelo silêncio dos que nada ouvem.

Pergunta-me, se eu quero trocar o jornal que leio e depois jogo no lixo, pela miséria dos que vão busca-lo para fazer dele seu cobertor. Pergunta-me, se eu quero trocar minha saúde, pelas enfermidades de tanta gente.

Pergunta-me, até quando não reconhecerei as tuas bênçãos, a fim de fazer de minha vida um hino de louvor e gratidão e dizer, todos os dias, do fundo do meu coração: OBRIGADO SENHOR POR MAIS UM DIA.

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